Mire e veja: o importante e bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.

Guimarães Rosa

terça-feira, 6 de abril de 2010

Instituto Benjamin Constant - Rio de Janeiro

Como tudo começou




O Instituto Benjamin Constant foi criado pelo Imperador D.Pedro II através do Decreto Imperial n.º 1.428, de 12 de setembro de 1854, tendo sido inaugurado, solenemente, no dia 17 de setembro do mesmo ano, na presença do Imperador, da Imperatriz e de todo o Ministério, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Este foi o primeiro passo concreto no Brasil para garantir ao cego o direito à cidadania.



Estruturando-se de acordo com os objetivos a alcançar, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi pouco-a-pouco derrubando preconceitos e fez ver que a educação das pessoas cegas não era utopia, bem como a profissionalização.



Com o aumento da demanda foi idealizado e construído o prédio atual, que passou a ser utilizado a partir de 1890, após a 1ª etapa da construção. Em 1891, o instituto recebeu o nome que tem hoje: Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao seu terceiro diretor.



Fechado em 1937 para a conclusão da 2ª e última etapa do prédio, o IBC reabriu em 1944. Em setembro de 1945 criou seu curso ginasial, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II em junho de 1946. Foi proporcionado, assim, o ingresso nas escolas secundárias e nas universidades.



Atualmente, o Instituto Benjamin Constant vê seus objetivos redirecionados e redimensionados. É um Centro de Referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual. Possui uma escola, capacita profissionais da área da deficiência visual, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftamológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas.

Acesso principal

Fachada Frontal


Vista aérea

Vista aérea co destaque para o pão de açúcar - RJ

Espaço interno

Pátio interno

Piscina
Dormitório alunos semi-internos

Corredores acesso às salas

Refeitório


sábado, 3 de abril de 2010

Visita ACIC

Segunda-feira, dia 29/03/2010 Associação Catarinense para Integração do Cego




Fundada em 1977, na cidade de Florianópolis a organização não governamental, criada e dirigida por cegos, decidiu no ano de 1986 instalar um Centro de Reabilitação Profissionalização e Convivência – CRPC, passando a oferecer a reabilitação e a profissionalização das pessoas cegas e com baixa visão, contribuindo para a inclusão social.



Atendimento



O atendimento é gratuito, sendo necessário apenas um processo de avaliação multidisciplinar que subsidia a futura programação do atendimento. Esse processo conta com o apoio de serviço social, psicologia (individual e em grupo) e pedagogia.



O programa de atividades da associação oferece:

• Habilitação / Reabilitação Integral;

                 Atendimento em orientação e mobilidade;

                 Atendimento nas atividades da vida diária;

                 Sistema Braile (alfabetização);

                 Ensino da escrita cursiva (digitação, programa Dosvox, introdução ao Windows);

                Sorobã (aparelho para operações matemáticas);

                Musicoterapia;

               Artesanato;

              Atividades Físicas (na colaboração para habilitação e reabilitação),

• Atividades Físicas;

• Convivência;

• Esportes radicais (para os mais ousados);

• Incentivo a trajetória acadêmica;

• Coral;

• Profissionalização;



Cada pessoa é atendida de acordo com seu grau de necessidade, contexto e deficiência, seu horário e período de aprendizagem é determinado pelo seu problema.

Hoje a ACIC atende cerca de 219 pessoas e conta com um ampla equipe de profissionais para as áreas de aprendizado citadas acima.



Eu a Coordenadora Maristela



Conversei com a Coordenadora Maristela, que explicou o processo do aprendizado, quais são as atribuições da associação.

Comentou sobre o espaço físico, onde existem várias deficiências em relação a aspectos básicos como a escada que não possui cores diversas para diferenciar os degraus e facilitar a compreensão do portador de baixa visão, também a falta de uma rampa para o acesso de cadeirantes ao pavimento superior, sendo que existe um elevador que geralmente fica em manutenção. No decorrer da passarela e dos corredores existe uma espécie de faixa guia, nas cores preta e amarela, também caixas de som que criam uma referência das entradas e saídas dos blocos, diferentes texturas no piso para indicar portas, inicio de escadas, obstáculos, etc...


Passarela de acesso - ACIC


Hall - Recepção - Sanitários - Salas de aula


Caixas de som para identificação das entradas


Diferença de textura para identificação de entradas e saídas

 
Sala de orientaçãoe mobilidade


Sala de estimulação


Sala de AVD - Atividades da vida diária


Sala de AVD - Atividades da vida diária


Auditório


Área externa



Minha impressão: Espaço que sofre com aspectos de abrangência mais complexa, como salas todas iguais para diferentes tipos de atividades. Pouca exploração do meio externo. Fácil locomoção, acesso direto sem obstáculos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"É bem justo que eu consague este milagre que dos olhos fez descer: quando alguém quer ver o mundo o que é profundo fecha os olhos para ver"
                                                                                  Catullo da Paixão Cearense

Visita AJIDEVI






AJIDEVI - ASSOCIAÇÃO JOINVILENSE PARA INTEGRAÇÃO DOS DEFIENTES VISUAIS


Eu e a Professora de Braile da AJIDEVI



Marquei a visita à associação para dia 19/03/2010, conversei com a professora de Braile, pois na sexta os alunos não tem atividades na instituição.

Bom ela comentou sobre as atividades desenvolvidas, sobre como funciona o processo de aprendizagem.

O processo consiste na avaliação que estuda cada caso da deficiência. A pessoa segue então para o atendimento psicológico, que leva algum tempo, até que a pessoa esteja apta ao "novo" aprendizado.

Então ela aprende o meios de orientação e mobilidade para estar utilizando nos espaços urbanos. Se criança, ela é estimulada deste cedo a utilizar os outros sentidos, assim recebem todos os ensinos complementares para aquisição da sua autonomia sempre em união com o ensino curricular.

São aproximadamente 350 pessoas sendo atendidas pela associação neste momento, contando com 15 profissionais envolvidos, sendo os professores de música e arte voluntários.

O espaço para atendimento não supre as necessidades dos portadores,

por isso existe uma organização para que o aprendizado possa ser realizado, nas segundas e quartas-feiras os adultos são atendidos, nas terças e quintas-feiras as crianças.

A edificação compreende os seguintes ambientes:

(são salas pequenas de aproximadamente 11m²)

• Sala de Braile,

• Sala de Estimulação (TO - Terapia Ocupacional),

• Academia,

• Sala de música,

• Biblioteca,

• Administração,

• Oficina de arte,

• Refeitório,

• Cozinha,

• Sala de informática,

• Sala para atividades da vida diária (desativada pela falta de terapeuta ocpacional),

• Varanda (abrigo) onde acontecem eventos...



Impressão sobre o espaço: Uma edificação adaptada para o funcionamento da associação, espaço pequeno e fechado, totalmente inadequado para o uso e a demanda, com um corredor central cheio de portas, sem cores para o estimulo das pessoas de visão baixa, sem referencias do espaço como sons, texturas, aromas, porém, tateável ( por ser pequeno).



quinta-feira, 1 de abril de 2010

Filmes Assistidos

Ensaio sobre a Cegueira

Adaptação do premiado livro escrito por José Saramago, mostra uma inexplicável epidemia chamada de cegueira branca , já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo estado começam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne Moore), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.


Ray Charles



Cinebiografia do músico Ray Charles, que morreu em junho de 2004. Nascido em uma cidade pobre no Estado norte-americano da Georgia, Ray Charles (Jamie Foxx) ficou cego depois de um acidente que matou o irmão mais novo. Inspirado pela mãe, que sempre o estimulou a ter uma vida independente, Ray encontrou sua vocação atrás de um piano. Durante sua vida, ficou marcado como um dos principais artistas da música norte-americana.

Fonte: http://br.cinema.yahoo.com/filme/15205/sinopse/ensaiosobreacegueira

Dados IBGE

Censo Demográfico 2000


Deficiência

O Censo 2000 revelou que 14,5% da população brasileira era portadora de, pelo menos, uma das deficiências investigadas pela pesquisa. A maior proporção se encontrava no Nordeste (16,8%) e a menor, no Sudeste (13,1%).

A nova publicação traz o número absoluto de cegos e surdos no País. Em 2000, existiam 148 mil pessoas cegas e 2,4 milhões com grande dificuldade de enxergar. Do total de cegos, 77.900 eram mulheres e 70.100, homens. A região Nordeste, apesar de ter população inferior ao Sudeste, concentrava o maior número de pessoas cegas: 57.400 cegos no Nordeste contra 54.600 no Sudeste. São Paulo é o estado com o maior número de cegos (23.900), seguido da Bahia (15.400).

O número de surdos no Brasil era de 166.400, sendo 80 mil mulheres e 86.400 homens. Além disso, cerca de 900 mil pessoas declararam ter grande dificuldade permanente de ouvir. Entre os estados, Roraima tem o menor número de surdos (191 pessoas).

Dos 9 milhões de portadores de deficiência que trabalhavam, 5,6 milhões eram homens e 3,5 milhões, mulheres. Mais da metade (4,9 milhões) ganhava até dois salários mínimos.

Em relação ao rendimento das pessoas ocupadas, verificou-se que as diferenças relacionadas a ser portador ou não de deficiência eram da ordem das diferenças por gênero e ambas menores que o diferencial por cor. Por exemplo, 22,4% da população ocupada sem deficiência ganhavam até 1 salário mínimo. Entre os portadores de deficiência, esse percentual era de 29,5%. Entre homens e mulheres que não tinham deficiência os percentuais eram de 19,3% e 27,3%, respectivamente. Já a proporção de pessoas que se declararam brancas que ganhavam até 1 salário mínimo era de 18,15% e a de pessoas que se declararam pretas, 34,50%.

Entre os portadores de deficiência que trabalhavam, a maior proporção (31,5%) era de trabalhadores no setor de serviços ou vendedores do comércio. Porém, enquanto uma em cada quatro pessoas portadoras de deficiência era trabalhadora agropecuária, florestal ou de caça e pesca, somente 16,4% da população sem nenhuma incapacidade exerciam essas ocupações.

No aspecto educacional, em 2000, a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade era de 87,1%. Já entre os portadores de, pelo menos, uma das deficiências investigadas era de 72,0%.

Do total de pessoas de 15 anos ou mais de idade sem instrução ou com até 3 anos de estudo, 32,9% eram portadoras de alguma deficiência. Regionalmente observaram-se percentuais semelhantes de portadores de deficiência para este nível de instrução. O grande diferencial se produz a partir do 1º grau completo ou 8 anos de estudo: aí o percentual de pessoas com deficiência cai para valores próximos a 10%. Ou seja, enquanto no grupo com menos instrução, quase uma entre três pessoas era portadora de deficiência, entre os que concluíram pelo menos o 1º grau, somente uma em cada dez pessoas possuía alguma incapacidade.

No Brasil, a freqüência escolar das pessoas de 7 a 14 anos de idade, estava praticamente universalizada (94,5%), mas para os portadores de, pelo menos, uma das deficiências investigadas o percentual era menor (88,6%) e caía para 74,9% no caso das deficiências severas. A menor taxa de freqüência escolar foi observada entre as pessoas que tinham alguma deficiência física permanente (61,0%).

Quanto à esperança de vida ao nascer (tabela 25), o brasileiro vive em média 68,6 anos e passa 80% da vida sem apresentar nenhuma incapacidade. Como a esperança de vida livre de incapacidade é de 54 anos, a população viverá em média 14 anos com algum tipo de deficiência.

Comunicação Social

27 de junho de 2003

Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/

segunda-feira, 29 de março de 2010

Para quem é????

Para pessoas que ao decorrer da vida perderam sua visão ou parte dela, para cegos de nascença e portadores de baixa visão. Na verdade para todo e qualquer portador de necessidade visual que necessite do aprendizado de condições que os tornem cidadãos ativos.